Acima de nós

 



O eterno me apresenta ao amor, tão incerto e longo. Ajusto o coração no tempo e lá está ele: azul, preguiçoso, sobre um pé-de-infinito, demorando nos afetos.
Tudo que lhe dei, dei com a glória do único e do último, do primeiro e do melhor.
  O eterno me ensinou a desnecessidade do momento futuro e a verdadeira duração dos nossos dias. O que partiu de mim, em algum outro lugar de ti ficará, me reproduzirá.
Tudo que fomos, se iluminará com força e alguma distração pouca.
E seguirá, acima de nós, num célere canto de pra sempre.
Meu infinito se deita. Você descansa. Duraremos.
 
 
Priscila Rôde









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