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Mostrando postagens de agosto, 2013
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"Quando fazemos tudo para ficar juntos e não conseguimos,  resta-nos um último recurso: não fazer mais nada. Por isso, digo, quando não obtivermos o amor, o afeto ou a ternura que havíamos solicitado, melhor será desistirmos e procurar mais adiante os sentimentos que nos negaram. Não fazer esforços inúteis, pois o amor nasce, ou não, espontaneamente, mas nunca por força de imposição. Às vezes, é inútil esforçar-se demais, nada se consegue; outras vezes, nada damos e o amor se rende aos nossos pés. Os sentimentos são sempre uma surpresa. Nunca foram uma caridade mendigada, uma compaixão ou um favor concedido. Quase sempre amamos a quem nos ama mal, e desprezamos quem melhor nos quer. Assim, repito, quando tivermos feito tudo para manter um amor, e falhado, resta-nos um só caminho... o de mais nada fazer." Clarice Lispector

O fim..

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...É uma clássica. Depois de anos de amor e intimidade, o casamento ou o namoro se desfaz. Os dois juram nunca mais se ver, odeiam-se por algumas semanas, até que um dia surge uma pendência para ser conversada, ou simplesmente resolvem tomar um drinque para provar ao mundo que a amizade prevaleceu, essas cenas aparentemente civilizadas que sempre trazem significados ocultos. Ou pior: encontram-se sem querer, de repente, num estacionamento no centro da cidade, num corredor de shopping, num quiosque do mercado público. Oi, você aqui? Que surpresa! E os dois beijinhos saem de uma forma tão desengonçada que seria motivo pra rir, não fosse de chorar. Eles não se possuem mais fisicamente. Interdição do corpo. Um dos troços mais sofridos de um final de relacionamento, que só se vai experimentar depois de um tempo afastados... Ele está ali na sua frente. Mas você não pode agarrar os seus cabelos, não pode passar a mão no seu peito, não pode rir de uma piada interna que só pertence aos dois

Tentando um novo amor

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Para curar uma dor de amor, digam o que quiserem, só conheço um remédio: um amor novinho em folha. Enquanto nosso coração não encontrar outro pretendente, ficaremos cultivando o velho amor, alimentando-o diariamente, sofrendo por ele e, no fundo, bem no fundinho, felizes por ter para quem dedicar nossos ais e nossa insônia. A gente só enterra mesmo o defunto quando outra pessoa surge para ocupar o posto. Se isso lhe parece uma teoria simplista, toque aqui. É simplista sim. Isso de enterrar o defunto do dia pra noite só funciona quando o defunto era apenas uma paixonite, um entusiasmo, fogo de palha. Porém, se era algo realmente profundo, um sentimento maduro, aí o efeito do novo amor pode revelar-se um belo tiro pela culatra. Ele acabará servindo apenas para dar a você a total certeza de que aquele amor anterior era realmente um bem durável. E a dor voltará redobrada. Um beijo que deveria inaugurar uma nova fase em sua vida pode trazer à tona lembranças fort

A Dor da Separação - Por Tom Cau

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  As separações doem apenas porque achamos que o outro está levando pedaços de nós, ou que achamos que pertencem a nós. Daí vem o termo despedaçado. Quando alguém vai embora, ou quando vamos embora, nos sentimos despedaçados. E que pedaços são esses? São os pedaços que tomamos do outro para nos completar, ou os pedaços que entregamos ao outro para completa-lo. Isto acontece porque quando o relacionamento começou alguém ou ambos não estavam inteiros. E então tivemos que emprestar ou tomar emprestado pedaços, um do outro, para nos tornarmos inteiros na relação. Talvez a saudade não seja necessariamente saudade do outro, mas apenas saudade dos pedaços nossos ou que achamos que eram nossos, que se foram. É nos momentos de separação que iremos perceber o quanto nós e o outro fomos, somos ou seremos inteiros. É um ótimo momento de aprendizado. Um ótimo momento para olhar para o que se foi e o que nos falta, e então tomar a decisão de regenerar estes pedaços em nós, porque o