"Se a música é o alimento do amor não parem de tocar. Dêem-me música em excesso; tanta que, depois de saciar, mate de náusea o apetite."
William Shakespeare
Não se diminua para caber no mundo de alguém! Não tente se encaixar onde não há espaço pra você e deixe de tentar se modificar tanto para servir aos gostos de outros. Não gaste dinheiro à toa tentando agradar quem nunca te deu nada em troca, e isso não precisa ser de valor comercial, sentimental também conta e muito. Não se iluda com as aparências – você pode estar fantasiando coisas onde na verdade só existe interesse e oportunismo. Não deixe suas carências dominarem seu senso de respeito. Ame-se, queira-se bem e não permita sofrer por algo que não existe. Você pode gostar e não ser recíproco, mas não gaste aquilo que é importante pra você com alguém que não faria nem a metade do que você faz – não troque seu tempo, seu dinheiro, seus amigos, sua vida por alguém que não te tem como prioridade. Perceba se nessa relação você também é valorizada – não por bajulações, mas de verdade. Se for você sempre a proponente dos encontros talvez seja o momento de parar e sentir a maré…...
Arte de Alphonse Mucha Depois de amada, estendeu seu corpo ainda tremendo. Quase chorava de tanto que se expulsou. Quase chorava de tanto que se recebeu de volta. Não me aproximei. Não podia interferir em sua solidão. Dizer o quê? Não podia me aproximar de sua solidão. Dizer o quê? Seus músculos ainda estalavam, o sangue aquecia os ouvidos. Dizer o quê? Qualquer palavra é intrusa. A boca eram seus cabelos boiando. Dizer o quê? O homem deveria se distanciar depois que a mulher goza. Não tomar para si a glória ou o prazer. Não reivindicar autoria. Não sujar a parede com a sua letra. Não cobrar o que não nasceu dele. Deveria ter pudor de pálpebras que se fecham para imaginar. É ela e seu corpo redimidos. É ela e seu corpo abraçados. É ela e seu corpo alinhados como joelhos. É ela devolvida a si, devolvida às alegrias proibidas, às alegrias quando se tocava em segredo. É ela e os medos superados, a culpa liquidada, os seios observando as janelas. A rua da cintura, e a chuva, pa...
Existem duas dores de amor: A primeira é quando a relação termina e a gente, seguindo amando, tem que se acostumar com a ausência do outro, com a sensação de perda, de rejeição e com a falta de perspectiva, já que ainda estamos tão embrulhados na dor que não conseguimos ver luz no fim do túnel. A segunda dor é quando começamos a vislumbrar a luz no fim do túnel. A mais dilacerante é a dor física da falta de beijos e abraços, a dor de virar desimportante para o ser amado. Mas, quando esta dor passa, começamos um outro ritual de despedida: a dor de abandonar o amor que sentíamos. A dor de esvaziar o coração, de remover a saudade, de ficar livre, sem sentimento especial por aquela pessoa. Dói também… Na verdade, ficamos apegados ao amor tanto quanto à pessoa que o gerou. Muitas pessoas reclamam por não conseguir se desprender de alguém. É que, sem se darem conta, não querem se desprender. Aquele amor, mesmo não retribuído, tornou-se um souvenir, lembrança de uma época bonita que f...