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Mostrando postagens de novembro, 2013

Ah..o beijo!!

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Todo mundo sonha com aquele beijo made in Hollywood, que tira o fôlego e dá início a um romance incandescente. Pena que nem sempre isso aconteça na vida real. O primeiro beijo entre um casal costuma ser suave, investigativo, decente. Aos pouquinhos, no entanto, acende-se a labareda e as bocas dizem a que vieram. Existe um prazo para isso acontecer: entre cinco minutos depois do primeiro roçar de lábios até, no máximo, cinco dias. Neste espaço de tempo, ainda compreende-se que os beijos sejam vacilantes: tratam-se de duas pessoas criando um vínculo e testando suas reações. Mas se a decência persistir, não espere ver estrelinhas na etapa seguinte. A química não aconteceu. Beijo é maravilhoso porque você interage com o corpo do outro sem deixar vestígios, é um mergulho no escuro, uma viagem sem volta. Beijo é uma maneira de compartilhar intimidades, de sentir o sabor de quem se gosta, de dizer mil coisas em silêncio. Beijo é gostoso porque não cansa, não engravida, não transmite o HI

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Então eu te convido pra gente se (des)encontrar naquele mesmo lugar, onde eu jamais imaginaria estar, mas estive. E que a gente (des)converse o que precisava ser dito com aquele diálogo mal dito. E que você (des)considere as minhas sinalizações de que a gente bem que poderia ser um casal. Eu te convido pra gente se perder naquela data que eu (des)conheço no calendário: algum dia. E desta vez, por favor, seja coerente: arranje qualquer desculpa esfarrapada para se atrasar, mas (des)apareça! Marla de Queiroz

Frequentador do abandono.

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Frequenta o abandono quem vive um quase namoro, fantasia reciprocidade, aceita abraço frouxo, conversa sem olho no olho, ausência de carícia. Frequenta o abandono quem chama a rejeição de saudade, implora por qualquer fiapo de atenção, enfeita sua própria desvantagem. Frequenta o abandono quem vê na recusa uma possibilidade de mudança ignorando os sinais óbvios da distância. Frequenta o abandono quem não reconhece que ser bem tratada não é um mérito, mas uma condição e segue chamando migalhas de banquete. Frequenta o abandono com assiduidade quem se contenta com tão pouco que o Outro para mantê-la descobre que pode dar cada vez menos. Frequenta o abandono quem não está disponível pra viver um romance porque namora um drama. Marla de Queiroz

Em tão pouco tempo.

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Nos amamos com toda a delicadeza que nos foi possível. Transcendemos à simples experiência de explorar as incandescências de nossos corpos com a eternidade impressa em cada gosto. Fomos muito mais que amantes, fomos o amor… Fomos muito além do toque, mas penetração intensa, funda e predileta. Das nossas trocas, a casa tão povoada por nossas gargalhadas e todos os assuntos do mundo, a profundidade que pudemos extrair da nossa curiosidade entusiasmada. A fluidez das nossas ideias revolucionárias, o despertar dos nossos olhares indiscretos. Estivemos absolutamente dentro, muito mais que próximos ou apenas perto. Fomos pueris no ápice da maturidade de todos os sentimentos. Fomes tantas, tantas em tão pouco tempo. Fomos tanto, tanto em tão pouco tempo. Em tão pouco tempo. Marla de Queiroz